Ele pensava sobre quantas pessoas passaram por sua vida. Pessoas boas, ruins, pessoas que o marcaram ou não. Mas era inevitável também pensar sobre quantas destas, especialmente as boas, ou pelo menos que se diziam assim, o deixaram. É, o deixaram, esqueceram dele quando ele mais precisava. Quantas deixaram de notar que ele estava lá, quantas pessoas sequer o perceberam enquanto que tudo o que ele queria era ser visto por elas. Não notaram suas lágrimas, seus sorrisos, seus anseios, seus medos, enfim, ele pensava sobre as pessoas que nunca deram a mínima importância a ele.
E enquanto ele ponderava sobre todas essas pessoas, enquanto questionava inúmeras coisas sobre elas, deixava de ver outras. E talvez estas outras jamais deixaram de notá-lo.